Na Europa, 50 em cada 100 mil pacientes internam com infecção por Clostridium difficile, bactéria que causa diarreia contagiosa cujas fezes têm cheiro característico. Para tratar adequadamente, é preciso identificá-la logo, o que é difícil, visto que métodos seguros levam de 2 a 3 dias para dar resultado e custam caro. Em média, os pacientes só são tratados após 8 a 11 dias, e nesse período contaminam outros pacientes do hospital. Médicos holandeses recrutaram a ajuda de um cão, o beagle TIFF, que foi treinado por dois meses para detectar o cheiro das fezes contaminadas nos mais variados ambientes. Após testes iniciais com bons resultados, fizeram um teste final em que o cão visitou 300 pacientes dos quais 30 estavam infectados. Nem o treinador, nem os médicos sabiam quem estava infectado. Dos 30 pacientes infectados, TIFF identificou 25, enquanto que entre os 270 normais, 265 foram identificados corretamente, isto é, desprezados pelo cão. TIFF levou em média 1 minuto para o seu diagnóstico e o custo foi bem inferior, obviamente, aos testes laboratoriais. (Using a dog’s superior olfactory sensitivity to identify Clostridium difficile in stools and patients: proof of principle study. BMJ 2012; 345: 396, 2012.)
Com base no texto, assinale a alternativa CORRETA.