CORRETA A ALTERNATIVA A

Caro colega, a bronquiolite viral aguda (BQL) é um tema que cai bastante nas provas de residência do Sudeste! Fique atento! É uma infecção viral causada em sua grande maioria pelo vírus sincicial respiratório (VSR), mas vários outros vírus podem ocasionar a doença.

A BQL se convenciona pelo 1º. episódio de chiado na infância, com a presença de sibilos ao exame físico, ocorre principalmente nos menores de 1 ano, tipicamente em lactentes até 2 anos. Inicia-se como qualquer outra IVAS (Infecção de vias aéreas superiores), simplificando, como um resfriado comum, com febre baixa nos primeiros 2 a 3 dias, coriza hialina, tosse (comumente seca) e costuma evoluir entre o 4º.e 6º. dias da doença (mais no 5º. dia) com uma piora respiratória às custas de acometimento das vias aéreas inferiores, ocasionando, então, o sibilo, que diferencia a BQL de outras IVAS em geral.

A grande maioria dos casos é autolimitada (a uma semana), uma minoria dos casos evolui com gravidade. As principais complicações de uma BQL são otite (média aguda) e pneumonia, que pode ocorrer pelo próprio acometimento do vírus, ou como uma infecção bacteriana secundária.

Classicamente o tratamento deve ser feito com inalação com soro fisiológico que “desobstrui” a via aérea (pois a fisiopatologia da doença é uma inflamação das vias aéreas pelo vírus ocasionando o sibilo por obstrução, pela secreção de muco na via aérea e pela própria inflamação gerando a broncoconstrição) e suporte do paciente: hidratação e oxigênio (quando há hipoxemia). Pode ser feita prova terapêutica com broncodilatadores (Beta-agonistas) inalatórios. O uso de corticoides não tem benefício comprovado cientificamente! Portanto, não deve ser utilizado. Fisioterapia e outros tratamentos também não têm benefícios cientificamente comprovados na BQL.

O diagnóstico é clínico. O raio X costuma mostrar hiperinsuflação e, às vezes, espessamento broncovascular. Bronquiectasias e atelectasias também podem ser complicações.

Ocorre epidemicamente no outono e inverno principalmente (quando “bombam” os PS - Pronto Socorros - de pediatria!). Alguns grupos de crianças apresentam quadros mais graves: prematuros, cardiopatas, imunodeficientes, desnutridos, entre outros, em que há maior risco de internação e morbimortalidade. Assim, sobre o seu tratamento considera-se como consenso: