E.F.M, 35 anos, feminina, branca, viúva, natural de Poços de Caldas, trabalhadora da área de saúde em nível técnico, compareceu à consulta na UBS próxima a sua casa, onde nunca havia se consultado antes, relatando estar se sentindo desanimada, chorosa, triste e “revoltada com as pessoas ao seu redor”. A paciente relata o motivo da consulta: “Não sinto alegria de viver”. Refere desejo em ser referenciada ao psiquiatra. Durante a consulta com seu médico da família, a paciente diz que esse quadro clínico teve início há três meses, quando seu marido, com quem foi casada por seis anos, faleceu de distrofia muscular progressiva. Desde então, ela passou a ter dificuldades pontuais no trabalho, sem prejuízo de suas funções como um todo. “Doutor, não consigo mais fazer nada do que fazia antes sem me sentir triste. Minha vida está uma droga. Me sinto um lixo humano”, diz ela. As dificuldades em dormir à noite e o pouco apetite passaram a ocorrer durante a semana. Com base no caso clínico apresentado acima, o Médico da Família e Comunidade deveria:
Questão
MS - Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande - SMSCG
2018
Residência (Acesso Direto)
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F-M-35-anos-feminina177d22fe14d
A
Fechar o diagnóstico de depressão e referenciar a paciente ao psiquiatra.
B
Considerar depressão reativa e iniciar diazepam na dosagem de 10 mg/dia.
C
Concluir o diagnostico de luto patológico e iniciar lorazepam na dosagem de 2 mg à noite e referenciar a paciente para o serviço de psicologia.
D
Problematizar a situação de vida pela qual a paciente está passando, orientar sobre possíveis causas de seu sofrimento e manter seu diagnóstico em aberto, pactuando nova consulta em intervalo de tempo breve.
E
Iniciar monoterapia com carbonato de lítio 300 mg/dia.