O que o examinador quer saber: sobre a conduta no abortamento habitual.

Define-se incompetência cervical a perda fetal recorrente no segundo trimestre da gestação, em consequência de insuficiência do sistema de oclusão do colo uterino (que pode ser estrutural ou funcional).

O diagnóstico geralmente é retrospectivo e depende de cuidadosa anamnese obstétrica.

O diagnóstico é feito pela história obstétrica de perdas recorrentes entre 12 e 20 semanas de gestação ou em partos prematuros extremos (entre 21 e 32 semanas de gestação).

Portanto, abortamentos antes de 12 semanas de gestação não se caracteriza como incompetência istmo-cervical.

O tratamento clássico é a cerclagem do colo uterino.

Observe que a gestante apresenta antecedente de óbito neonatal precoce com 28 semanas de gestação e na gestação atual de 23 semanas de idade gestacional com colo < 25 mm.

Se não há história clássica de IIC, mas a gestante apresenta antecedente de parto prematuro espontâneo antes de 34 semanas, ou anomalias mullerianas e colo uterino avaliado na gestação atual pelo ultrassom transvaginal for menor que 25mm antes de 24 semanas, pode ser feita a cerclagem terapêutica ou manter apenas progesterona vaginal entre 16 a 34 semanas.