Gestante de 42 anos de idade, com 31 semanas de idade gestacional, G7 P4C2, tabagista 20 anos/maço, com histórico prévio de pré-eclâmpsia em outras gestações, inclusive na última, há 3 anos atrás. Dos 6 filhos, 3 nasceram com peso abaixo de 2500 gramas. Nega histórico de hipertensão fora da gravidez, embora esteja utilizando 1g/dia de metildopa, desde as 12 semanas nesta gravidez. Procura atendimento no ambulatório com queixas de redução da movimentação fetal nos últimos 3 dias. Notam-se apenas 2 consultas no cartão pré-natal. O médico observa na avaliação física que a paciente tem IMC de 18,7 e não registrou ganho de peso algum desde o início de seu pré-natal. A altura uterina está abaixo do percentil 5 para a idade. Após a discussão de caso, opta-se por solicitar um ultrassom obstétrico que evidencia feto com peso abaixo do percentil 3 e todos os parâmetros de biometria abaixo do percentil 5. Também apresentou oligoidrâmnio e movimentos fetais escassos. Com este resultado opta-se por solicitar US Doppler complementar e este mostra que o fluxo na artéria umbilical apresenta resistência aumentada, sem fluxo diastólico, enquanto que a resistência na artéria cerebral fetal está bem reduzida. A resistência média das artérias uterinas encontra-se também acima do percentil 95° para a idade gestacional. O ultrassonografista opta por realizar também a avaliação do ducto venoso fetal, o qual mostra grande aumento da resistência com ondas A reversa. Com todos esses dados em mãos, o médico assistente precisa decidir que conduta tomar. As alternativas a seguir contém afirmações sobre o caso clínico descrito. Avalie as proposições e assinale a que contém informações adequadas à condução do caso:
Questão
PR - Hospital San Julian HSJ PR
2024
Residência (Acesso Direto)
Gestante-42-anos-idade2719f8fa6f1
A
Trata-se de um feto pequeno para a idade gestacional. A mãe deve ser tranquilizada e orientada a retornar ao pré-natal conforme agendado. Deve-se também orientá-la de que a redução na movimentação fetal é normal para este período.
B
Trata-se de uma restrição de crescimento intrauterina tardia. Há alto risco de associação com doenças genéticas, cromossômicas e mesmo com aneuploidias. Deve-se recomendar retorno ambulatorial e orientá-la sobre o alto risco para desordens genéticas.
C
Trata-se de uma restrição de crescimento intrauterina precoce. Está em estágio 4 e a paciente deve ser encaminhada à maternidade para resolução da gestação.
D
Trata-se de uma restrição de crescimento intrauterina precoce. Está em estágio 1 e deve-se realizar novo US com Doppler em 15 dias para controle.
E
Trata-se de uma restrição de crescimento intrauterina precoce. Está em estágio 2 e deve ser encaminhada à maternidade para indução do trabalho de parto com misoprostol.