Como o desemprego é uma das principais motivações para a perda da residência e a permanência em situação de rua, a População em Situação de Rua que tem vínculo trabalhista formal é muito baixa. Trabalhos informais, ou "bicos", são altamente prevalentes das pessoas que permanecem vivendo na rua. Benefícios sociais são vias de renda ainda a ser viabilizada pelos gestores públicos para os indivíduos em situação de rua.

Pessoas em situação de rua com doença mental que passam por diversos serviços e experienciam adequada coordenação de seus cuidados mostram grande resistência na melhora dos sintomas, sendo o público mais comumente presente em hospitalizações psiquiátricas no Brasil, independente da região, além apresentar frequentes atendimentos ambulatoriais.

A população que se declara lésbica, gay, bissexual ou transexual é um recorte peculiarmente exposto à violência quando em situação de rua. Sua chegada à situação de rua comumente carrega um histórico de rejeição e exclusão do meio familiar prévio devido à intolerância que permeia a sociedade. Além disso é preciso ressaltar que o Brasil é um dos países de maior taxa de homicídio de pessoas trans no mundo.

A mortalidade entre mulheres jovens em situação de rua é até 5 vezes a mais à dos homens em situação de rua, diferente a tendência da população geral. Uma possível interpretação para esse dado pode ser que os efeitos nocivos da vida na rua para as mulheres são ainda mais fatais do que para os homens, principalmente pelo maior abuso drogas nessa população se comparado aos demais.

São numerosos os motivos para o adoecimento na rua. A insegurança alimentar, as aglomerações, a dificuldade de acesso a políticas preventivas e a obesidade sarcopênica são exemplos de como a População em Situação de Rua está mais vulnerável a agravos de saúde do que a população geral.