As varizes esofagianas ocorrem em 90% dos cirróticos, mas o sangramento ocorre em 25 a 30% destes pacientes, sendo responsável por 1/3 de todas as mortes em pacientes com cirrose hepática e hipertensão portal.

O exame físico do paciente com HDA pode ajudar no diagnóstico das principais etiologias: massa intra-abdominal ou linfonodo supraclavicular sugere neoplasias; manchas pigmentares na mucosa bucal sugere Peutz-Jeghers com sangramento de pólipos intestinais; telangiectasias em língua e lábios sugere síndrome de Rendu-Osler- Weber; ginecomastia, icterícia e flapping sugerem insuficiência hepática, podendo o sangramento por varizes de esôfago.

O escore de Rockall é um instrumento para avaliar o risco de ressangramento e inclui idade, presença de choque hipovolêmico, e comorbidades, entre outros.

Nos pacientes com HDA a profilaxia para peritonite bacteriana espontânea, deve ser iniciado apenas nos pacientes classe C da classificação de Child-Pugh, sendo preconizado o uso de cefalosporina de 1° geração, associada a aminoglicosídeos ou sulfas, com a duração do tratamento por 7 a 14 dias após o fim do sangramento.

Os fatores de pior diagnóstico nas HDA são entre outros: idade avançada, maior número de comorbidades, origem do sangramento ser varicoso, hipotensão ou choque na admissão, vômitos com sangue vivo, má perfusão periférica etc.