Homem, 65 anos, HIV-positivo (carga viral negativa e CD4 normal), tabagista com carga 50 maços-ano, hipertenso em uso de hidroclorotiazida 25mg e anlodipino 5mg. Possui diabetes tipo 2, controlado com Metformina. Fazia uso irregular de AAS para profilaxia cardiovascular. No entanto, apresentou quadro recente de precordialgia típica, sendo submetido à intervenção e colocação de stent farmacológico em coronária descendente anterior. Após 4 dias do procedimento, paciente evoluiu com crise convulsiva, sendo submetido à tomografia computadorizada de crânio, que não evidenciou alterações. A análise laboratorial evidenciou presença de injúria renal aguda, além de importante anemia e trombocitopenia. Além disso, apresentava elevação significativa dos níveis de LDH e bilirrubina indireta. Solicitado complementação com haptoglobina, que apresentou níveis baixos. Após sucesso terapêutico, o paciente recebe alta após 45 dias de internação. Na consulta pós-alta hospitalar, o paciente indaga ao médico sobre a segurança de realizar uma cirurgia eletiva, previamente agendada, de facectomia com implante de lente intra-ocular. O procedimento seria em 1 mês. A melhor opção seria:
Questão
RJ - Hospital Adventista Silvestre - HAS
2018
Residência (Acesso Direto)
Homem-65-anos-HIV1644d1caa1f
A
Contra-indicar a cirurgia de forma permanente, por impossibilidade de suspensão da terapia de anti-agregação plaquetária.
B
Postergar a cirurgia para após 1 ano da colocação do stent, momento de maior segurança para suspensão da terapia de anti-agregação plaquetária.
C
Postergar a cirurgia para após 3 meses da colocação do stent, momento de maior segurança para suspensão da terapia de anti-agregação plaquetária.
D
Liberar para a cirurgia, sem recomendação adicional, por se tratar de um procedimento de baixo risco de sangramento.
E
Liberar para a cirurgia na data agendada, com suspensão da terapia de anti-agregação 7 dias antes do procedimento.