A faringite herpética cursa com múltiplas úlceras rasas em pilares tonsilares anteriores, palato mole e tonsilas palatinas. É causada pelo herpes vírus, e o tratamento é feito apenas com sintomáticos, sem a necessidade de aciclovir para a maioria dos casos.

Um lactente de 5 meses de idade que apresente história de febre baixa, coriza e episódios intermitentes de irritação foi trazido ao PS pela mãe. Ao exame, apresentou bom estado geral, hidratado, amamentação adequada e abaulamento da membrana timpânica unilateral. O diagnóstico é de Otite Média Aguda e como está com bom estado geral, a conduta pode ser apenas analgésica e/ou antitérmica, além de orientar retorno em 48 horas para reavaliação.

A mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein Barr e pode cursar febre alta, hipertrofia e hiperemia de tonsilas, associado a exsudato, edema de úvula e petéquias em palato. Esses sinais e sintomas também podem ser identificados na faringite bacteriana pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A. Por isso, nas suspeitas de ambas as infecções devemos realizar o teste rápido e, em caso negativo, cultura da orofaringe para confirmação do diagnóstico etiológico.

O adenovírus é o principal agente etiológico das faringites infecciosas, podendo apresentar a associação de hipertrofia e exsudato tonsilar, linfonodomegalia cervical e pré-auricular, bem como conjuntivite. Por isso, esta infecção é comumente conhecida como febre faringoconjuntival.

O abscesso periamigdaliano pode ser uma complicação supurativa da faringite bacteriana pelo S. pyogenes, cursando classicamente com: febre alta, sialorreia, voz abafada e trismo. O exame físico apresenta abaulamento assimétrico de palato mole e tonsilas palatinas. Assim como nos demais abscessos cervicais, todos os casos suspeitos devem ser encaminhados para internação hospitalar, início de antibioticoterapia venosa, e programar drenagem da secreção no centro cirúrgico.