Idoso de 74 anos procura o seu cardiologista para consulta semestral de rotina. O médico nota que seu paciente não tem tomado algumas das medicações nas últimas semanas, alegando “esquecimento”, por isso seu controle pressórico não se encontra nos níveis desejados. Também não apresentou os exames laboratoriais que deveria ter feito, justificando que “não teve tempo para ir ao laboratório”, que fica na esquina de sua casa. Sua filha, que o acompanha na consulta, relata que seu pai está mais “ranzinza” nos últimos 2 meses, não tem saído mais de casa para sua jogatina de dominó com os amigos, “engordou uns 4 kg” no período e passa boa parte do seu dia dormindo no sofá ou na rede. Revisando seu histórico médico, observa-se que o paciente, além de hipertensão arterial sistêmica, doença renal crônica não dialítica, hipertrofia prostática, cegueira monocular (resultado de um forte trauma na cabeça há 15 anos), também já apresentou diversos episódios depressivos, sendo que o último quadro ocorreu há cerca de 10 anos. Diante dessa informação, surge a hipótese de um novo episódio depressivo. Para a abordagem farmacológica da depressão geriátrica, selecione a droga mais adequada para esse caso.