JBS, 29 anos, G2P1 (natimorto com 28 semanas por pré-eclâmpsia grave há 8 semanas), A1 (com 14 semanas e feto sem anormalidades há 2 anos), procura seu consultório pois apresenta desejo de gravidez e medo de não conseguir um desfecho perinatal favorável à sua próxima gestação. Nega alcoolismo, tabagismo e uso de drogas. Em sua história ginecológica, relata tratamento de doença inflamatória pélvica aos 21 anos. Nega uso de anticoncepção. Exame especular: vulva e vagina normais. Conteúdo vaginal claro, aspecto mucoide. Colo em fenda, epitelizado. Toque: corpo uterino em anteversoflexão, tamanho normal. Anexos e paramétrios sem alterações. Trouxe ecografia feita há 2 dias sem alterações e anticorpos para síndrome antifosfolipídio (SAF) realizados há 5 dias. Com relação ao caso clínico, assinale a alternativa correta.
Questão
PR - Universidade Federal do Paraná - UFPR (Complexo Hospital de Clínicas - CHC)
2020
Residência (Acesso Direto)
JBS-29-anos-G2P1125373015f5
A
A utilização do AAS durante a gestação, em caso de SAF confirmado, deve ser interrompida 2 semanas antes do parto, enquanto que a enoxaparina pode ser mantida até 24 horas antes do parto, sendo que ambos podem ser reintroduzidos de 8 a 12 horas no pós-parto.
B
Anticorpo anticardiolipina (ACL) IgG e IgM dosado por método Elisa é considerado fortemente positivo quando resultado acima de 40 unidades.
C
Em SAF sem evento trombótico prévio, apenas com eventos obstétricos, a profilaxia realizada durante a gestação inclui uso de AAS e enoxaparina em dose terapêutica durante a próxima gestação e 6 semanas no puerpério.
D
A paciente apresenta critério clínico para SAF e caso os exames de anticorpos solicitados se demonstrem alterados, pode-se realizar o diagnóstico de SAF e programar tratamento profilático com AAS e enoxaparina em sua próxima gestação.
E
Em SAF sem evento trombótico prévio, apenas com eventos obstétricos, a profilaxia com AAS e enoxaparina em dose profilática deve ser realizada durante toda a gestação e durante 6 meses no puerpério.