João, de 52 anos de idade, foi à consulta com seu médico, que o atendia há cinco anos. Ele não tinha nenhuma comorbidade até sete meses atrás, quando teve um infarto agudo do miocárdio e passou por uma revascularização do miocárdio. Na consulta, médio e paciente estabeleceram o seguinte diálogo:
— Bom dia, sr. João, em que posso te ajudar?
— Doutor, tenho seguido o nosso plano, estou me sentindo muito bem em relação ao peso que perdi e estou quase atingindo a meta que estabelecemos há três meses. Vim hoje aqui para ver o resultado do meu exame de colesterol.
— Parabéns, João, você se saiu muito bem com as mudanças do estilo de vida e isso ajudou a reduzir seu colesterol, que também está quase no nível desejado. Alguma coisa o está preocupando?
— Ahhh... não, não mesmo.
— Não mesmo?
— Bem, doutor, estava pensando sobre o final de ano. Não sei se poderei ficar lá no sítio no final do ano.
— Por que isso está te preocupando?
— É uma atividade importante para minha família, temos um pequeno sítio no interior, com uma casinha pequena, e é lá que reunimos toda a família para passar a semana entre o Natal e o ano novo. Tenho medo de ter um infarto tão longe de casa.
— Pelo que me disse, parece que não participar dessa atividade seria muito difícil para você.
— Sim, seria. Sabe, doutor, sinto que tantas coisas foram tiradas de mim.
— João, durante os últimos meses, você passou por muitas mudanças e muitas perdas, sinto que isso foi difícil para você.
— Sim, doutor, foi. Eu passei de um homem realmente saudável e sem problemas para uma pessoa que teve um ataque do coração, passei por uma grande cirurgia e tenho que tomar muitos cuidados que antes não precisava. Ainda não recuperei a energia que costumava ter. Minha esposa também está preocupada e sempre me lembra de ser mais cuidadoso. Ambos estamos muito ansiosos para reiniciar a nossa vida sexual. Foi uma grande mudança, mas, pelo menos, estou vivo.
— Fico feliz em poder dizer a você que o período mais perigoso após o infarto já passou e que, agora, seu risco é um pouco menor. De alguma forma, por causa da dieta e dos exercícios, você está um pouco mais saudável. Isso é uma boa notícia, mas me preocupo com sua tristeza. O que acha de conversarmos um pouco mais sobre isso na próxima consulta?
— Ah, seria ótimo. É difícil falar sobre isso, mas me ajudaria.
Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta o conceito predominante durante toda a conversa.