Questão
Estratégia MED
2021
Residência (Acesso Direto)
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João é um paciente de 50 anos que comparece à Unidade Básica de Saúde (UBS) solicitando a realização de um teste rápido para COVID-19. Você é o interno da equipe de saúde da família em que João está adscrito e seu preceptor solicita que você faça o atendimento. O paciente informa que está completamente assintomático para a doença supracitada e que não teve contato com indivíduos doentes. Porém, deseja submeter-se ao exame porque agendou um churrasco com os amigos no próximo final de semana e eles optaram por realizar o teste para que pudessem confraternizar com segurança. Ao exame físico, você verifica que João está hidratado, normocorado, acianótico e anictérico. Seus sinais vitais estão descritos a seguir: temperatura axilar = 36°C, pressão arterial = 120 x 80 mmHg, frequência cardíaca = 75 batimentos por minuto e frequência respiratória = 12 incursões respiratórias por minuto. Além disso, o exame físico demonstra expansibilidade torácica preservada, percussão torácica com som claro pulmonar na topografia dos pulmões e frêmito toracovocal sem alterações. A ausculta pulmonar revela murmúrio vesicular universalmente audível, sem ruídos adventícios. Você informa que não há indicação para a realização do exame, mas o paciente insiste e você solicita-o. Após 30 minutos, o técnico de enfermagem da UBS informa que o exame foi positivo. Considerando as propriedades gerais dos testes diagnósticos e que o teste utilizado foi validado apenas na população sintomática, podemos afirmar que:
A
O VPP de um teste diagnóstico diminui quando a prevalência da doença diminui. Como João apresentava baixa probabilidade pré-teste para COVID-19, então temos a certeza de que o resultado é falso-positivo e o paciente pode comparecer ao evento social com segurança.
B
O VPN de um teste diagnóstico aumenta quando a prevalência da doença aumenta. Portanto, se o exame veio positivo é porque João certamente tem a doença e não deve comparecer ao evento social.
C
A sensibilidade de um teste diagnóstico aumenta com a diminuição da prevalência da doença. Como João tinha baixa probabilidade préteste para COVID-19, então a sensibilidade do teste aumentou, o que faz com que um resultado positivo indique a presença da doença.
D
O VPP de um teste diagnóstico diminui quando a prevalência da doença diminui. Como João apresentava baixa probabilidade pré-teste para COVID-19, o VPP diminuiu, o que aumentou a probabilidade de resultado falso-positivo no exame complementar.
E
A especificidade de um teste diagnóstico diminui quando a prevalência da doença diminui. Nesse sentido, apesar de João não apresentar sinais e sintomas (e assim, ter baixa probabilidade pré-teste para COVID-19), o exame não é confiável devido à possibilidade de falso-positivo.