Em Julho de 2023, o Ministério da Saúde anunciou uma mudança no esquema vacinai de poliomielite: "Em relação aos imunizantes contra a pólio, a indicação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI) foi para que o Brasil passe a adotar exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) no reforço aos 15 meses de idade, que atualmente é feito com a forma oral do imunizante. A VIP (forma injetável) já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com a VIP (injetável) aos 15 meses. A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinai com quatro doses garantirá a proteção contra a pólio. A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema." É correto afirmar que essa retirada da Vacina Oral de Poliomielite (VOP) do Calendário Nacional de Vacinação é respaldada, entre outros fatores, no fato de que
Questão
SP - Faculdade de Medicina do ABC
2024
Residência (Acesso Direto)
Julho-2023-Ministerio192ff467635
A
há uma baixa cobertura vacinai no mundo após a pandemia e a figura de propaganda do "Zé Gotinha" já está desgastada, pouco conhecida entre as crianças mais novas, e gera efeito oposto ao que ocorria no passado.
B
a VIP demonstrou uma efetividade superior a VOP e espera-se que, ao oferecer uma dose de VIP aos 15 meses, mesmo sem o reforço aos 4 anos, deve-se atingir a completa erradicação da doença no Brasil.
C
o Brasil não tem casos notificados de poliomielite há mais de 30 anos e a retirada da VOP irá mitigar o risco de ocorrências de poliomielite associada à vacina e de poliomielite por vírus derivado da vacina.
D
não há casos notificados de poliomielite no mundo há mais de 20 anos, e o uso da VIP, por mais que seja menos eficaz, é a melhor estratégia neste momento devido a menor custo de produção, armazenamento e distribuição da vacina.
E
a eficácia da VOP está diretamente relacionada à capacidade de absorção oral do antígeno, não devendo ser engolida, algo não controlável e que pode deixar algumas crianças desprotegidas, já a vacina VIP (injetável) não tem esse risco.