Questão
GO - Universidade Federal de Goiás - UFG (Hospital das Clínicas de Goiás - HC)
2015
Residência (Acesso Direto)
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Leia o caso a seguir. Uma primigesta com 39 semanas de idade gestacional é admitida na maternidade em trabalho de parto. Os exames realizados no pré-natal registram duas sorologias para citomegalovírus: uma realizada no primeiro e a outra no terceiro trimestre de gestação. A primeira apresenta IgM e IgG negativos e a segunda IgM e IgG positivos. A gestante ainda relata não ter tido nenhuma intercorrência durante toda a gestação e que desconhece o resultado e o significado dessas sorologias. Ela dá à luz pela via vaginal e o recém-nascido, após minucioso exame, parece não ter nenhuma alteração. A melhor conduta a ser tomada com o recém-nascido em relação à investigação, ao aleitamento materno e ao tratamento é solicitar:
A
sorologia (IgM e IgG) para CMV em sangue periférico e liquor, radiografia de crânio ou ultrassonografia transfontanela e avaliação do fundo de olho; não suspender a amamentação; iniciar tratamento se houver IgM de liquor positivo ou IgM de sangue periférico positivo com pelo menos um dos outros exames alterados ou em vigência de sepse neonatal, mesmo se as sorologias apresentarem IgM positivo.
B
radiografia de crânio ou ultrassonografia transfontanela e avaliação do fundo de olho. Assim, não é necessário solicitar sorologia do recém-nascido porque a chance de transmissão vertical da doença, quando observada soroconversão durante a gravidez, é de 100%; não suspender a amamentação; iniciar tratamento se pelo menos um dos exames solicitados estiver alterado ou em vigência de sepse neonatal.
C
sorologia (IgM e IgG) para CMV em sangue periférico e liquor, PCR para CMV na urina, radiografia de crânio ou ultrassonografia transfontanela e avaliação do fundo de olho; não suspender amamentação; iniciar tratamento se os resultados da sorologia ou PCR forem positivos, e houver comprometimento neurológico, ou auditivo, ou coriorretinite, ou sepse neonatal.
D
PCR na urina e liquor, radiografia de crânio ou ultrassonografia transfontanela e avaliação do fundo de olho, sendo a sorologia desnecessária quando disponível o PCR, uma vez que este exame tem sensibilidade de 100%; suspender a amamentação se o PCR for positivo; iniciar tratamento se o PCR urinário for positivo e houver comprometimento neurológico, ou auditivo, ou coriorretinite, ou sepse neonatal. O PCR no liquor, isoladamente, já é indicação de tratamento.