Leia o relato do caso a seguir. F.A.N., 72 anos de idade, sexo masculino, é portador de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (classe funcional IV da NYHA), DPOC avançada, e doença renal crónica, estágio 4. Nos últimos 12 meses, ele foi internado quatro vezes por descompensações da insuficiência cardiaca e exacerbações da DPOC, o que resultou em aumento progressivo de sua terapia medicamentosa. Relata efeitos colaterais dos medicamentos, como hipotensão frequente e episódios de tontura, além de perda de peso significativa (15 Kg em 6 meses). Seu último clearance de creatinina foi de 18 mL/min. O paciente está em oxigenoterapia continua e, mesmo com o uso de diuréticos de alça e broncodilatadores, refere dispneia progressiva mesmo em repouso. Sua pressão arterial é de 92×60 mmHg. O paciente e sua família estão emocionalmente esgotados pelas frequentes hospitalizações e questionam se vale a pena continuar com tratamentos agressivos. A familia também relatou preocupações sobre a situação financeira devido aos custos dos tratamentos e hospitalizações frequentes. Seu médico de família, gerente de sua saúde, questiona se as abordagens terapêuticas atuais estão melhorando a qualidade de vida de F.A.N. e considera ajustes na estratégia de tratamento.
Questão
GO - Processo Seletivo unificado - PSU GO
2025
Residência (Acesso Direto)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Leia-relato-caso194968b65a2
A
Manter o tratamento atual e ajustar doses de diuréticos e broncodilatadores para controle dos sintomas; encaminhar para avaliação nefrológica, considerando a possibilidade de iniciar diálise para melhorar a função renal e aliviar a sobrecarga cardíaca, com o objetivo de reduzir hospitalizações e aumentar o tempo de sobrevida.
B
Priorizar uma abordagem curativa com ventilação não invasiva e ajuste de vasodilatadores para melhorar a perfusão e aliviar a dispneia; considerar internação em centro de terapia intensiva para manejo e avaliação de terapias avançadas, como suporte inotrópico, na tentativa de estabilizar o quadro clinico e proporcionar uma melhora significativa na qualidade de vida.
C
Iniciar cuidados paliativos focados no alivio de sintomas, priorizando a melhoria da qualidade de vida; discutir com F.A.N. e sua familia as opções de manejo, enfatizando a importância do controle da dor e da dispneia, suporte emocional, e um plano de cuidados domiciliares; avaliar a possibilidade de interromper terapias agressivas e manter tratamentos que proporcionem conforto.
D
Encaminhar para avaliação de transplante cardiaco e pulmonar, considerando a falência terapêutica das intervenções convencionais.