Leia o texto a seguir, extraído do livro Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências (DUNCAN & cols, 4ª edição). A depressão é uma condição médica relativamente comum, de curso crônico e recorrente. Está muitas vezes associada à incapacitação funcional e comprometimento da saúde física. Pessoas deprimidas apresentam limitação das suas atividades e comprometimento do bem-estar, além de utilizarem mais os serviços de saúde. No entanto, a depressão segue sendo subdiagnosticada e subtratada. Entre 30 e 60% dos casos de depressão não são detectados pelo médico em atenção primária à saúde (APS). Muitas vezes, os pacientes deprimidos também não recebem tratamentos suficientemente adequados e específicos. Em APS, a mediana de prevalência de depressão está acima de 10%. Em populações específicas, como a de pacientes com infarto recente, é de 33%, chegando a 47% nos pacientes com câncer. A prevalência de depressão é aproximadamente 2x maior em mulheres do que em homens.
Sobre transtorno depressivo, verifica-se o seguinte: