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Resposta: o diagnóstico é de amenorreia primária.

Coruja,

Atenção, pois esse é um dos temas queridinhos do concurso do SUS-BA. Vamos dominar os principais conceitos do tema, vem comigo!

Nossa paciente tem o diagnóstico de amenorreia primária, vamos lembrar sua definição:

• ausência de menarca aos 16 anos

• aos 14 anos em meninas sem os sinais de puberdade e sem os caracteres sexuais secundários

Os dados clínicos abaixo coletados na história e no exame físico serão essenciais para a definição etiológica:

Na anamnese sobre a amenorreia, deve-se detalhar os seguintes aspectos:

● o início e a cronologia do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários da paciente e a idade da menarca de familiares;

● a dor pélvica, com ou sem ciclicidade;

● o olfato preservado ou não;

● a tentativa de relação sexual com dificuldade de penetração e com dor;

● o histórico de crescimento em altura e, se possível, os dados da evolução pediátrica;

● as doenças preexistentes e os tratamentos anteriores, tais como radioterapia ou quimioterapia , e o histórico de cirurgias prévias, incluindo hérnia inguinal.

São dados importantes no exame físico de investigação de amenorreia:

● altura, peso, índice de massa corporal (IMC), envergadura, distribuição de gordura;

● caracteres sexuais secundários (mamas e pêlos) — ausentes, presentes e grau de desenvolvimento de acordo com o estádio de Tanner;

● exame dos genitais — características, grau de estrogenização, sinais de virilização, imperfuração himenal, septo vaginal, comprimento vaginal (nas pacientes sem atividade sexual, o comprimento vaginal pode ser avaliado pela introdução delicada de cotonete ou de histerômetro), presença de colo cervical;

● estigmas genéticos — pescoço curto/alado, implantação baixa de pelos e de orelhas, palato em ogiva, cúbito e geno valgo, tórax em barril, entre outros;

● pele — manchas em café com leite, vitiligo, acantose nigricans, pilificação;

DIAGNÓSTICO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL

Mesmo para a investigação da amenorreia primária, geralmente, o diagnóstico pode ser feito com a utilização de poucas dosagens hormonais. O fluxograma da Figura 1 oferece uma opção de sequência diagnóstica que utiliza essas dosagens, o exame de imagem e o cariótipo.

Fonte: Adaptado de Pinto CLB, Yela DA. Amenorreia primária e secundária. In: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; Urbanetz AA, Luz SH, organizadores. PROAGO Programa de Atualização em Ginecologia e Obstetrícia: Ciclo 16. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2019.