GABARITO: ALTERNATIVA C

O HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de colo uterino, sendo responsável por 99,7% dos seus casos. Também está relacionado a 88% dos casos de câncer de canal anal, 70% dos casos de câncer de vagina, 43% dos casos de câncer de vulva, 50% dos casos de câncer de pênis, 26% dos casos de câncer de orofaringe, 90% dos casos de verrugas genitais e 100% dos casos de papilomatose respiratória recorrente.

Existem mais de 100 tipos de Papilomavírus humano descritos na literatura, sendo que 40 infectam o trato anogenital. Esses tipos podem ser divididos em baixo risco oncogênico (responsáveis pelos condilomas) e alto risco oncogênico (responsáveis pela neoplasia intraepitelial de alto grau e câncer):

Tipos de HPV de baixo risco: 6, 11, 40, 42, 43, 54, 61, 70, 72, 81, e CP6 108 (os tipos mais comuns são o 6 e 11).
Tipos de HPV de alto risco: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82.

O tipo mais encontrado no carcinoma espinocelular é o 16 (55,2% dos casos). Já nos adenocarcinomas, o tipo mais encontrado é o 18 (37,7% dos casos).

A infecção pelo HPV é muito comum, cerca de 80% dos indivíduos sexualmente ativos irão contrair esse vírus em algum momento da vida, porém a minoria desenvolverá lesão precursora, e menor ainda será o número de mulheres com câncer de colo uterino. A maioria das infecções por HPV desaparecem em um período de 6-24 meses. Entre os fatores capazes de influenciar a persistência e o avanço da infecção pelo HPV estão: idade, tabagismo, imunidade, uso de contraceptivos, outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e estado nutricional. Somente cerca de 10% das mulheres não apresentam clareamento, o que torna a infecção persistente.

São estes casos de infecção persistente por tipos oncogênicos de HPV que levam a mulher a um maior risco de desenvolver lesões precursoras ou câncer de colo uterino.

Agora vamos analisar as alternativas: