GABARITO: ALTERNATIVA B

O que o examinador quer saber com esta pergunta?

Conhecimento sobre o diagnóstico da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ).

O que você precisa saber para responder a esta pergunta?

Exame físico na DDQ:

O exame físico da DDQ muda conforme a faixa etária.

Até os três meses, os principais exames são os testes de Ortolani e Barlow.

A partir dos três meses, a restrição da abdução – sinal de Hart – pela contratura da musculatura adutora torna este o teste mais confiável.

A partir da idade de deambulação, a criança claudica pela diferença de comprimento das pernas – devido à luxação do quadril. O teste de Galeazzi, que avalia a diferença de comprimento das coxas, também auxilia no diagnóstico.

Manobra de Ortolani: manobra clássica, utilizada nos primeiros 3 meses de vida. É realizada com o paciente em decúbito dorsal, realizando-se a abdução dos quadris. Sente-se a redução do quadril afetado. Teste positivo indica tratamento.

Manobra de Barlow: “irmã” do Ortolani, também é utilizada nos primeiros 3 meses de vida. É realizada na mesma posição em que o teste de Ortolani, mas o quadril é posteriorizado, promovendo-se a luxação.

Teste de Galeazzi: o teste de Galeazzi é realizado com o paciente em decúbito dorsal e os quadris fletidos. A altura dos côndilos é comparada, e o côndilo do quadril afetado se encontra mais baixo.

Sinal de Hart: (Bizu para lembrar: HAbdução) partindo-se da mesma posição do Ortolani, ao se realizar a abdução dos quadris, observa-se diferença, que pode ser entre um lado e outro, no caso de doença unilateral, ou em relação ao normal, em quadros bilaterais. Normalmente, a abdução dos quadris do recém-nascido é de 60° a 80° e valores diminuídos indicam teste positivo.

Sinal de Trendelenburg: está presente quando o teste de Trendelenburg é positivo. O lado acometido é contralateral ao lado testado.

É um teste a ser realizado com o paciente que já consegue deambular; com o paciente de costas, pede-se que faça um apoio monopodálico (por exemplo, tirar o pé esquerdo do chão). Pela fraqueza da musculatura abdutora do lado que permaneceu apoiado, a pelve deve cair para o lado sem apoio no solo. Este é o sinal de Trendelenburg. A marcha de Trendelenburg é a presença deste sinal (às vezes, bilateral) durante a marcha. A musculatura abdutora do quadril é responsável por estabilizar a pelve e se torna fraca na DDQ e em algumas outras doenças dos quadris.