Matheus, 48 anos, diabético tipo II, apresentou quadro de dor abdominal e vômitos há ± 12h. Os sintomas se iniciaram após refeição da noite anterior. Não faz uso contínuo de nenhum medicamento. Fez uso domiciliar de antiemético e analgésico, sem melhora. Encontra-se desidratado com PA 110 x 70 mmHg, FC: 110 bpm e FR 16 irpm. Tem dor à palpação abdominal difusamente, com sinais de irritação peritoneal (abdome em tábua). RX de tórax evidencia pneumoperitôneo. Apresenta Hemograma com 17.000 leucócitos e amilase sérica de 550 u/dl (VR de 27 U/L a 131 U/L). Foi submetido à laparotomia exploradora, com achado cirúrgico de úlcera perfurada em antro gástrico e peritonite generalizada, sem nenhum outro achado cirúrgico de relevância. Foi realizado apenas rafia da úlcera e colhido biópsia das bordas da lesão. Matheus evoluiu bem na enfermaria, e recebeu alta no 8º dia de pós-operatório. No 20º dia retorna ao ambulatório para reavaliação e o médico tem acesso ao resultado da biópsia da lesão da úlcera gástrica: adenocarcinoma do tipo anel em sinete com invasão até muscularis mucosae. Assinale a alternativa CORRETA:
Questão
MG - Universidade Federal de Uberlândia - UFU (Hospital de Clínicas de Uberlândia - HCU)
2014
Residência (Acesso Direto)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Matheus-48-anos180de25db04
A
O paciente deve ser encaminhado para quimioterapia neoadjuvante, para posterior tratamento definitivo
B
Deve-se internar o paciente e programar uma gastrectomia subtotal alargada com linfadenectomia D2
C
Por ter sido a perfuração o primeiro sintoma do paciente e o tumor acometer até a muscularis mucosae, trata-se de um tumor precoce
D
O tratamento proposto atual deverá ser uma gastrectomia econômica, com margem de segurança de 3,0 cm além de linfadenectomia D1
E
A cirurgia só deve ser realizada após cinco sessões de quimiorradioterapia