GABARITO C

Olá, Colega, primeiro, vamos definir o diagnóstico. Nós temos aqui uma menina de 7 anos, com petéquias generalizadas, sangramento e plaquetopenia após episódio de IVAS. Esse quadro deverá nos levar à hipótese de púrpura trombocitopênica imune (PTI).

De forma aguda, ela apresentou cefaleia de forte intensidade, crise convulsiva e rebaixamento do nível de consciência. A principal hipótese aqui é de sangramento de sistema nervoso central.
Assim, vamos procurar a tomografia que aponta um sangramento ativo de SNC. Simples assim!

Vamos aproveitar e estudar PTI?

A PTI é uma doença autoimune em que há formação de autoanticorpos contra as plaquetas, capazes de diminuir a vida média habitual de 7 a 10 dias dessas partículas e inibição da trombocitopoese. Na maioria das vezes, o quadro é precedido por um episódio de vacinação ou de infecção viral aguda, em geral de vias aéreas superiores. Uma a três semanas após o evento desencadeador, instala-se de forma aguda a plaquetopenia, que durará habitualmente cerca de 2 a 6 semanas.

A PTI é uma condição heterogênea, tanto laboratorialmente quanto clinicamente. Consensualmente, os níveis plaquetários devem estar abaixo de 100.000/mm3. O restante do hemograma costuma ser normal, sem anemia ou leucopenia. Os pacientes sintomáticos podem ter manifestações hemorrágicas, sangramentos cutaneomucosos, como epistaxes, gengivorragias, petéquias e equimoses.

Sangramentos de outros órgãos ou de sistema nervoso central são raros, mas possíveis, de acordo com a plaquetopenia do paciente.

Como a maioria dos casos tem plaquetopenia discreta e não há sangramento ativo, na maioria das vezes, não temos necessidade de tratamento específico.

São critérios de tratamento, de acordo com o UpToDate:

PTI moderada a grave (classificação maior que 3b) :

3B: Epistaxe > 5 minutos, hematúria, hematoquezia, purpura oral, dolorosa, menorragia significativa

4: sangramento mucoso ou suspeita de hemorragia interna

5: hemorragia intracraniana ou hemorragias potencialmente fatais

Cirurgia ou procedimentos invasivos programados
Plaquetas <30.000 +uso de anticoagulantes/antiplaquetários OU doença hemorrágica concomitante OU paciente com estilo de vida predisponente ao trauma OU quando a supervisão não poderá ser realizada

A escolha medicamentosa é pela corticoterapia. Pode-se utilizar imunoglobulina também, principalmente em sangramentos ativos. Por fim, alguns casos também é indicada a transfusão de plaquetas.

Vamos às alternativas: