Pessoal, enunciado grande que se resume a um aspecto: “quais medicações utilizar num paciente séptico e com sinais de instabilidade hemodinâmica?”. Identificamos a sepse pela descrição do paciente imunodeficiente apresentando febre, taquicardia, hipotensão e, apesar de não ser critério diagnóstico, o estado geral ruim é outro reforço para a hipótese.

Então vamos relembrar a sequência rápida de intubação:

- Sequência de medicações e procedimentos realizados para intubação orotraqueal de um paciente sem preparo para tal, sem jejum adequado e até mesmo em condições clínicas adversas. Maior objetivo é reduzir a chance de broncoaspiração, bem como de eventos hemodinâmicos adversos.

- Consiste na administração de um analgésico-sedativo e do bloqueio neuromuscular, podendo ou não ser associado a uma pré-medicação como a atropina.

- Dentre as medicações utilizadas no contexto séptico e do paciente hemodinamicamente instável, precisamos nos lembrar de algumas medicações:

-- Os opióides são ótimos analgésicos, mas em pacientes instáveis pode piorar o status hemodinâmico, sendo orientado inclusive que, caso sejam utilizados, o sejam feitos em doses menores.

-- Propofol é um sedativo sem propriedade analgésica com grande potencial vasodilatador (que reduz a pré-carga e, segundo Frank-Starling, o débito cardíaco).

-- Benzodiazepínicos são sedativos não analgésicos muito utilizados, mas com potencial depressor cardiovascular, também devem ser utilizados com muita cautela nos hemodinamicamentes instáveis, não sendo primeira escolha.

-- Etomidato: sedativo com a importante ressalva (que FREQUENTEMENTE É COBRADA EM PROVAS) de deprimir a atividade suprarrenal, reduzindo a produção endógena de cortisol – essencial no contexto do choque. Deste modo, está contraindicada em pacientes sépticos, mesmo que em dose única para intubação.

-- Quetamina: sedativo e analgésico com maior estabilidade hemodinâmica e potencial ativação simpática por receptores adrenérgicos, escolha em pacientes instáveis (mesmo aqueles com hipertensão intracraniana) e sépticos.