GABARITO: ALTERNATIVA C

Olá, futuro residente! As doenças exantemáticas “bombam” nas provas de residência e geralmente os examinadores cobram o quadro clínico e o agente etiológico, às vezes, também cobram características do exantema, período de incubação, ou de transmissão da doença, modo de contágio, se a doença é de notificação compulsória, entre outros aspectos. A faixa etária principal de acometimento também é uma boa dica para suspeita diagnóstica.

O quadro clínico clássico da mononucleose infecciosa, causada pelo vírus Epstein Barr (EBV), se caracteriza por febre comumente alta e prolongada, linfonodomegalia generalizada e faringite ou amigdalite importante, costuma haver esplenomegalia em 50 % dos casos e pode haver também hepatomegalia, todos estes sintomas fazem com que muitas vezes haja a suspeita de leucemia, que é um diagnóstico diferencial. Quando se trata da mononucleose e se introduz equivocadamente antibiótico pela amigdalite (que é pelo vírus, apesar de dar exsudatos que se assemelham a um quadro purulento), ocorre um exantema mais exacerbado. O sinal de Hoagland é típico desta doença e se caracteriza por um edema bipalpebral. Classicamente no HMG temos leucocitose, com linfocitose e atipia. A transmissão ocorre através de secreções orais, é chamada também de doença do beijo! É comprovada a associação do EBV com o aparecimento posterior de linfoma de Burkitt e de carcinoma nasofaríngeo, também de tumores de células B (em pacientes imunocomprometidos), sendo complicações tardias temidas desta doença. Duas complicações precoces, que estão associadas à mortalidade que é baixa (na ordem de 1%), são a encefalite e a ruptura esplênica.

Nesse caso clínico pouco descrito temos além da febre e dor na garganta em um adolescente, um exantema maculopapular em tronco, adenomegalia cervical e esplenomegalia, caracterizando como: