Muito se fala sobre o uso do Ácido Acetilsalicilico (AAS) na prevenção primária de eventos cardiovasculares. Em agosto de 2018, foi publicado no Lancet o estudo ARRIVE, com 12.546 participantes, que pesquisou os desfechos cardiovasculares em pacientes em uso de AAS, para avaliação de riscos e benefícios. Os resultados do estudo informam: No grupo medicado com AAS, ocorreram eventos cardiovasculares em 269 voluntários, enquanto 281 indivíduos do grupo que recebeu placebo apresentaram eventos cardiovasculares. (hazard ratio [HR] 0,96; 95% IC 0,81 - 1,13; p=0,6038). A taxa de incidência geral de eventos graves também foi similar nos dois grupos, (n = 1266 [20,19%] no da aspirina e vsn = 1311 [20,98%] no grupo do placebo). A pesquisa comprovou que não houve diferença significativa da eficácia do AAS na prevenção de doenças cardiovasculares em pessoas com risco moderado. Também não houve muita variação em subgrupos divididos por gênero, idade, indice de massa corporal (IMC) e outros fatores. Sobre as ferramentas de estratificação de risco cardiovascular na Atenção Primária à Saúde, assinale a afirmativa correta.
Questão
MT - Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT (Hospital Universitário Júlio Müller - HUJM)
2019
Residência (Acesso Direto)
Muito-fala-uso-Acido172544e8575
A
A calculadora de 10 anos de Risco Cardiovascular da American College of Cardiology (ASCVD/ACC) leva em conta, entre outros dados, a idade, história de tabagismo, diabetes, uso de estatinas, pressão arterial e lipidograma sérico.
B
O estudo ARRIVE falha em determinar o efeito protetor ou não do AAS nos eventos primários, pois se trata de um estudo observacional, e como em todo estudo dessa natureza, existe uma dificuldade de relacionar causa-efeito.
C
O escore de Framingham foi originalmente desenvolvido para estimativa apenas de risco de desenvolver doença coronariana em 10 anos.
D
Existe um consenso entre a European Cardiology Society e a American College of Cardiology sobre o uso da calculadora de risco, o que torna mais fácil a estratificação.