Diante de uma paciente gestante, sempre existe uma preocupação adicional em realizar um diagnóstico correto diante de um quadro de abdome agudo.

A indicação de um procedimento cirúrgico inadvertido, pode causar um trabalho de parto prematuro.

Ressaltamos também que os atrasos em diagnósticos cirúrgicos não obstétricos podem ser desastrosos na evolução clínica da paciente e muitas vezes, os sintomas podem ser atribuídos ao processo gestacional , com o exame físico pode ser mascarado pelas alterações anatômicas próprias desse momento.

Mesmo em vigência de gestação, o quadro clínico se assemelha ao de um quadro de apendicite habitual.

Adicionalmente, há relativa restrição nos exames de imagem, o que pode dificultar ainda mais o diagnóstico definitivo.

A ultrassonografia consiste no exame habitual da gravidez. Ocorre que pode ser difícil o diagnóstico de apendicite, particularmente no terceiro trimestre, onde o útero gravídico ocupa praticamente toda a cavidade pélvica.

A exposição a radiação, principalmente durante o primeiro trimestre, deve ser evitada, mas em caso de necessidade absoluta, não deve ser postergada visto que o atraso na abordagem de um abdome agudo, não possui boa evolução.

Quando há necessidade de exame complementar, a ressonância magnética deve ser a escolha.

A APENDICITE AGUDA é a emergência abdominal não obstétrica MAIS COMUM, seguida da COLECISTITE.

Como escore para a avaliação da apendicite, o principal consiste no escore de ALVORADO.

Dessa forma, como a paciente possui um escore igual a 5, a solicitação de exame pode ser realizada.

Lembramos que em caso de abordagem cirúrgica, a anestesia geral é considerada segura em todos os estágios da gravidez.

A laparoscopia possibilita uma menor manipulação do útero.

Como foi dito, o exame de eleição é a ultrassonografia, seguida da ressonância magnética.

Vejamos as alternativas.