Discussão da questão

O que o examinador quer saber com esta questão?

Diagnóstico da embolia gordurosa.

O que é preciso saber para responder esta questão?

Embolia gordurosa

A embolia gordurosa ocorre em até 40% das fraturas bilaterais de fêmur. No geral, nas provas, ela é apresentada como um quadro de dispneia, petéquias e confusão mental, de evolução em até 72 horas após uma fratura ou politrauma. São quadros bem clássicos, sem muita dúvida diagnóstica.

Na embolia gordurosa, êmbolos de gordura comprometem a microcirculação, afetando pulmões, cérebro e rins.

O tratamento da embolia gordurosa é basicamente de suporte. Sua mortalidade atinge 10% a 20% dos pacientes. O mais importante, porém, é a prevenção: fraturas devem ser imobilizadas e, no caso de fêmur, preferencialmente com fixador externo.

Embora a embolia gordurosa seja realmente muito mais frequente em fraturas, ela também ocorre em outras ocasiões. São elas: pancreatite; lipoaspiração; queimaduras graves; lesão hepática; infusão parenteral de lipídios; doença descompressiva; circulação extracorpórea; doença hepática alcoólica; corticoterapia; anemia falciforme; osteomielite; doação de medula óssea.

Sobre o caso:

Temos aqui uma história com o principal fator de risco, uma fratura da diáfise do fêmur. A paciente evoluiu com os três sinais clássicos, tudo que o CePeDe, ou melhor, se pede, para fechar o diagnóstico: confusão mental, petéquias e dispneia. Não temos dúvidas de que o diagnóstico é embolia gordurosa.

GABARITO OFICIAL: Síndrome da embolia gordurosa