Mulher, 28 anos, foi diagnosticada, em consulta de rotina, com hipertensão arterial sistêmica (HAS). Nega quaisquer sintomas ou uso de medicamentos. Exame físico: peso = 58kg; altura = 1,57m; pressão arterial sistêmica (PAS) = 170x100mmHg; frequência cardíaca (FC) = 80bpm; pulso regular; fácies atípica; bom estado geral; tireoide normal à palpação. Exames laboratoriais iniciais: hemograma normal; ureia = 30mg/dL; creatinina = 0,7mg/dL; sódio = 140mEq/L; potássio = 3,6mEq/L; glicose em jejum = 87mg/dL. O médico iniciou investigação de causas secundárias de HAS e solicitou novos exames laboratoriais, com os seguintes resultados: duas dosagens de concentração de aldosterona plasmática em repouso = 16,0 e 16,1ng/dL (valor de referência = 1-14ng/dL); duas dosagens de atividade plasmática de renina = ambas iguais a 0,2ng/mL/hora (valor de referência = 0,6-3,3ng/mL/hora). Pode-se afirmar, neste caso, que:
Questão
RJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho -- HUCFF)
2023
Residência (Acesso Direto)
Mulher-28-anos-foi105b0de3f8e
A
a ausência de hipocalemia exclui prontamente o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário.
B
o teste de sobrecarga com solução salina venosa pode ser realizado para se confirmar a principal hipótese diagnóstica.
C
a hipótese diagnóstica mais provável é feocromocitoma e, por isso, deve-se proceder à dosagem de metanefrinas urinárias.
D
os valores de atividade plasmática de renina indicam uma causa secundária, especificamente o hiperaldosteronismo.