A síndrome de realimentação é definida como uma complicação clínica que pode ocorrer como resultado de alterações de fluidos e eletrólitos durante a reabilitação nutricional agressiva de pacientes desnutridos.

As principais características da síndrome de realimentação são:

✓ Hipofosfatemia;

✓ Hipomagnesemia;

✓ Hipocalemia;

✓ Edema periférico;

✓ Insuficiência cardíaca congestiva;

✓ Rabdomiólise (elevação CPK);

✓ Convulsões;

✓ Hemólise.

Nestes casos, ocorre síntese de glicogênio, proteínas e lipídeos, e depleção de eletrólitos, como o potássio, fósforo e magnésio. A insulina também faz com que as células produzam várias moléculas que requerem fosfato, o que contribui para o agravamento da hipofosfatemia. A subsequente falta de intermediários fosforilados causa hipóxia tecidual, disfunção miocárdica, insuficiência respiratória devido à incapacidade do diafragma em se contrair, hemólise, rabdomiólise e convulsões.

A fim de se evitar a síndrome de realimentação, está indicado iniciar lentamente o aporte calórico para o paciente, não fornecendo toda a necessidade calórica dele inicialmente.

A maioria dos óbitos que ocorrem por causa da síndrome de realimentação são devidas a complicações cardíacas, incluindo comprometimento da contratilidade miocárdica, diminuição do volume sistólico, insuficiência cardíaca e arritmias.