GABARITO: ALTERNATIVA C

Futuro Residente,

A USP adora questões de ECG! Toda vez que você encontrar uma, recomendo utilizar nosso roteiro de análise de eletro. Com ele, você não deixará passar nenhum detalhe!

Temos um ECG de 12 derivações que evidencia:

• Ritmo: irregular e não sinusal (existem ondas P que não geram QRS)

• FC: aproximadamente 48bpm (como o ritmo está irregular, contaremos o número de QRS na derivação D2 longo, que representa 10 segundos, e multiplicaremos por 6, completando 60 segundos).

• Eixo: normal (QRS positivo em D1 e positivo em aVF)

• Onda P: normal (duração, morfologia e amplitude normal)

• Intervalo PR: prolongando até falha de condução

• QRS: normal (duração, morfologia e amplitude normal)

• Segmento ST: normal

• Intervalo QT: normal (normal entre 300 a 460ms)

• Onda T: normal.

Dessa forma, a principal alteração nesse ECG está relacionada à condução atrioventricular manifesta na presença de prolongamento do intervalo PR e falha de condução atrioventricular. Observe a figura abaixo:

Nas setas verdes, temos ondas P que irão despolarizar o ventrículo, gerando QRS. No entanto, o intervalo PR vai aumentando até chegar o momento onde a onda P (seta vermelha) não gera despolarização ventricular (falha de condução atrioventricular). Essa é a principal característica do bloqueio atrioventricular (BAV) de 2° grau Mobitz I Vamos relembrar esse bloqueio?

Tanto o BAV de 1º grau como o BAV de 2° grau Mobitz I são considerados benignos e não demandam maiores intervenções. Em contrapartida, o BAV 2º grau Mobitz II e o BAVT (3º grau) são bloqueios avançados e, geralmente, demandam implante de marcapasso.

Vamos analisar as alternativas: