Mulher de 71 anos vai à UPA com a queixa de piora da dispneia e da tosse com escarro purulento. É portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ao exame físico, apresenta PA 120/86mmHg, FC 87bpm, FR 16irpm, SpO₂ 85% em ar ambiente. Está alerta e orientada. Ao exame respiratório, está eupneica, apresentava aumento do tempo expiratório, e a ausculta revelava síbilos expiratórios difusos em ambos os hemitórax. Sem outras anormalidades ao exame físico. A gasometria arterial coletada sem oxigênio suplementar revelou o seguinte resultado: pH 7,40; pCO₂ 55mmHg; SatO₂ 84%; HCO₃- 33mEql/L. Foi iniciada oxigenioterapia suplementar por cateter nasal a 3L/min. A paciente evolui então com rebaixamento do sensório, sendo coletada nova gasometria arterial: pH 7,25; pCO₂ 75mmHg; pO₂ 70mmHg; SatO₂ 94%; HCO₃- 33mEq/L. Assinale a alternativa correta sobre a evolução da paciente.
Questão
MG - Processo Seletivo Unificado - PSU MG
2020
Residência com pré-requisito - Clínica Médica (R+ CM)
Mulher-71-anos-vai-a1342cf57e95
A
A piora clínica da paciente envolve mecanismos multifatoriais, sendo o principal deles o aumento do espaço morto secundário a mudanças da relação ventilação/perfusão
B
O início de oxigenioterapia suplementar estava contraindicando, pois pacientes retentores crônicos de CO₂ são considerados de alto risco para desenvolvimento de hipercapnia induzida por oxigenioterapia
C
O principal mecanismo fisiopatológico responsável pela piora clínica da paciente é a redução da ventilação alveolar secundária à remoção do estímulo do centro respiratório pela correção da hipoxemia
D
Os valores elevados de pCO₂ apresentados na gasometria da admissão já indicavam a necessidade de ventilação não invasiva para tratamento do distúrbio respiratório