Questão
PR - Universidade Estadual de Londrina - UEL (Hospital Universitário da UEL)
2025
Residência (Acesso Direto)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Mulher-cis-preta1913f0e5143
Mulher cis, preta, heterossexual, 39 anos de idade, mora com marido e 2 filhos, é motorista de aplicativo e está sem conseguir trabalhar devido a uma lesão no joelho. Vem para primeira consulta de pré-natal na UBS. Antes era atendida por plano de saúde. Apresenta G5P2A2, IG 25 + 3 d (1º usg 8+2 05/02/24), Tipo sanguíneo: A+. Tem morfológico e exames de 1º trimestre normais. Já realizou testes rápidos para ISTs (negativos) e coletou citologia oncótica. Não fez qualquer vacina durante a gestação atual. Recebeu dTpa na última gestação há um ano e meio. Pressão alta desde a primeira gestação, com uso contínuo de medicações anti-hipertensivas desde então, e pré-eclâmpsia no último parto. Abortos ocorreram antes das 12 semanas. Relata estresse, irritabilidade, raiva, crise de choro, dificuldade para dormir. Questiona sobre possibilidade de cesárea a pedido, pois também gostaria de realizar laqueadura. Nega perda de sangue ou líquido recente. Nega tabagismo ou etilismo. Está em uso de metildopa 500 mg 8/8 hs e polivitamínico. Exame físico: PA 140/70, FC 80, Sat 98%, Peso 78 kg, IMC 32, BCF 145, AU 23. Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa correta.
A
A etnia pode ser um fator de risco para parto prematuro e maior chance de sofrer violência obstétrica, além dos demais fatores de risco presentes na história (hipertensão e pré- eclâmpsia, por exemplo).
B
Não há indicação de nova aplicação de dTpa nesta gestação, pois a paciente já realizou essa vacina na gestação anterior há menos de dois anos.
C
Os sintomas de saúde mental relatados pela paciente têm explicação na variabilidade hormonal característica do período gestacional e tendem a melhorar após o puerpério imediato e, caso não melhorem, a paciente deverá ser referenciada a um profissional de saúde mental.
D
Paciente com testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis negativos, portanto sem necessidade de solicitar novamente a cada trimestre.
E
Questionar sobre orientação sexual e identidade de gênero no pré-natal não traz benefício para o acompanhamento longitudinal.