Mundialmente, cerca de 720 mil casos de hanseníase são relatados a cada ano e cerca de dois milhões de pessoas têm incapacidades relacionadas a essa doença. Ciente da importância dessa questão para a saúde pública, considere dentre as afirmações a seguir aquela que se constitui em evidência para a tomada de decisão para a prática clínica.
Questão
RJ - Universidade Federal Fluminense - UFF (Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP)
2020
Residência (Acesso Direto)
Mundialmente-cerca-720565c487b43
A
O exame clínico pode ser iniciado pelos nervos cutâneos. Nos nervos da face devem ser observados a simetria dos movimentos palpebrais e de sobrancelhas (nervo facial), seguidos, da avaliação quanto ao espessamento visível ou palpável dos nervos do pescoço (auricular), do punho (ramo dorsal dos nervos radial e ulnar), dos pés (fibular superficial e sural), dos nervos do cotovelo (ulnar), do joelho (fibular comum) e do tornozelo (tibial). Caso tenha sido identificado qualquer alteração nos nervos, a anormalidade deve ser confirmada com o teste da sensibilidade no território inervado.
B
A hanseníase multibacilar (MB) mais frequentemente, manifesta-se por uma placa (mancha elevada em relação à pele adjacente) totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro claro (forma de anel ou círculo). Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo espessado com perda total de sensibilidade no seu território de inervação.
C
Cerca de 15% a 30% dos pacientes paucibacilares (PB) podem apresentar fenômenos agudos como primeira queixa da doença.
D
No paciente paucibacilar (PB), ou seja, com hanseníase indeterminada ou tuberculoide, a baciloscopia é negativa. Mesmo quando positiva não deve ser reclassificado como MB.
E
No paciente MB (hanseníase dimorfa e virchowiana), a baciloscopia normalmente é positiva. Caso seja negativa, o diagnóstico deve ser afastado.