GABARITO: ALTERNATIVA D

O prolapso valvar mitral (PVM) é caracterizado por um deslocamento sistólico de um ou de ambos os folhetos da valva mitral em direção ao átrio esquerdo. É um achado muito comum na população, com prevalência próxima a 2%.

O exame físico de pacientes com PVM pode apresentar à ausculta cardíaca estalido ou clique mesossistólico seguido por um sopro mesotelessistólico.

O mecanismo envolvido nessa doença é a deposição de mucopolissacarídeos no aparato valvar, aumentando sua elasticidade. Associado a isso, pode haver uma degeneração da valva (chamada degeneração mixomatosa – Síndrome de Barlow). Por essas características, essa síndrome pode também ser denominada de valva mitral flexível ou flácida, síndrome do clique sistólico, valva mitral mixomatosa ou síndrome da valva mitral encapelada.

Essa doença tem associação com doenças do tecido conjuntivo como Ehlers-Danlos e síndrome de Marfan. Além disso, também tem associação com malformações torácicas, como cifoescoliose dorsal, pectus excavatum ou carinatum, retificação da coluna dorsal e diminuição do diâmetro póstero-anterior do tórax.

Em geral, o PVM não determina sintomas ou complicações. Porém existe um grupo de pacientes que pode evoluir para insuficiência mitral grave e necessitar de tratamento, inclusive com cirurgias cardíacas.

Além disso, existe a síndrome do prolapso valvar mitral. Essa doença acomete principalmente mulheres jovens que se queixam de palpitações, desconforto torácico, síncope, fadiga ao exercício e arritmias sintomáticas. Pode-se usar betabloqueadores para controle desses sintomas.