P.L., 25 anos, é admitida na unidade de emergência com quadro de agitação psicomotora, agressividade e alteração do pensamento. Tal paciente não tem comorbidades conhecidas e nem faz uso de drogas ilícitas. Esse quadro foi precedido de cefaleia holocraniana com 3 dias de duração e febre de 38.2°C. No exame de admissão, a paciente se encontrava com GCS de 13, pupilas isofotorreativas, torporosa e sem déficits focais, além de discreta rigidez de nuca terminal. Os aparelhos cardiovascular, respiratório, pele, anexos e linfonodos eram normais.Considerando a hipótese de meningoencefalite aguda, o plantonista da emergência solicitou uma ressonância magnética de encéfalo, que evidenciou – em sequência de Flair – a imagem abaixo. Como não haviam sinais radiológicos de edema cerebral, procedeu-se à coleta de líquido cefalorraquidiano, que evidenciou uma leucorraquia de 28 células (70% de linfócitos), proteína de 45mg/dL e glicose de 70mg/dL. Vista a hipótese de meningoencefalite viral, a paciente iniciou tratamento com Aciclovir endovenoso. No segundo dia da internação, estava menos agitada, mas com um torpor persistente, não aceitando refeições. Nessa ocasião, o plantonista aproveitou e checou o resultado das pesquisas microbiológicas já feitas: bacterioscopia, cultura aeróbia, fungoscopia, cultura de fungos, baciloscopia, cultura de micobactérias e PCR para HSV-1 e HSV-2 eram negativos.


Qual a principal hipótese diagnóstica e conduta subsequente para essa paciente?