GABARITO: ALTERNATIVA D

Muitos médicos ainda insistem em requisitar “coagulograma” quando necessitam verificar a hemostasia. Atenção futuro residente! A hemostasia é muito mais do que isso, sendo formada de diversos mecanismos interligados entre si, com potencial de acelerar ou reduzir parâmetros que levam em última análise a situações trombóticas ou de sangramento. Didaticamente, podemos dividir a hemostasia em três parte, conforme vou comentar baixo, mas fica a dica: os processos são interligados e ocorrem concomitantemente.

- Hemostaria primária: relacionado ao número de plaquetas e sua interação entre si, com o endotélio ou com os fatores de coagulação. Exemplo de exames que analisam a hemostasia primária: contagem de plaquetas, curva de agregação plaquetária, antígeno de Von Willebrand e cofator da ristocetina. O tempo de sangramento é utilizado ainda em alguns serviços para avaliar a qualidade da hemostasia plaquetária, entretanto tende a cair em desuso por sua não confiável metodologia.

- Hemostasia secundária: relacionada aos fatores de coagulação. Estes são divididos (didaticamente) em vias:

Via Extrínseca: estuda basicamente o fator VII da coagulação e agentes envolvidos com este, como fator tecidual. Avaliado pelo exame de tempo de protrombina (TP).

Via Comum: estuda basicamente os seguintes fatores de coagulação I (fibrinogênio), II< V e X. Produz alterações nos exames de tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) e no TP. Alguns casos envolvendo o fibrinogênio podem repercutir ainda no valor sérico deste e no tempo de trombina (TT).

Via Extrínseca: estuda os demais fatores de coagulação. Avaliado pelo exame TTPa.

- Hemostasia terciária: relacionada ao controle das ações da hemostasia primária e secundária, como a estabilização e destruição do coágulo. Produz alterações nos exames alfa2 antiplasmina, PAI 1 e D dímero.