Paciente de 14 anos, previamente hígido, é trazido ao Pronto Socorro, sonolento em pós-ictal, após quadro de crise tônico-clônico generalizada, com duração de 5 minutos. Mãe nega febre, tosse, coriza, alterações gastrointestinais ou urinárias e alterações de comportamento. Nega eventos anteriores semelhantes, assim como história familiar de epilepsia ou de doenças neurológicas.
Segundo a definição proposta em 2015 pela International League Against Epilepsy (ILAE), o estado de mal epiléptico é uma condição resultante da falha dos mecanismos responsáveis pelo término das crises ou do início de mecanismos que levam a crises anormalmente prolongadas (tempo T1). É uma condição que pode desencadear consequências a longo prazo (após o tempo T2), incluindo morte neuronal, injúria neuronal e alteração das redes neuronais, a depender do tipo e da duração das crises. Essa definição considera então duas dimensões operacionais (T1 e T2), sendo T1 o tempo a partir do qual o tratamento deve ser iniciado e T2 o tempo a partir do qual consequências a longo prazo podem ocorrer.
Segundo essa definição, escolha a melhor alternativa, para crises tônico-clônicas generalizadas.