Paciente, 18 anos de idade, sexo feminino, dá entrada no hospital inconsciente, com antecedentes de ser diabética desde a infância. Exibia sinais de desidratação, pele fria, respiração ruidosa. Os dados vitais mostravam PA: 90 x 50 mmHg, FC: 108 fino, mas regular. Palpa-se pulso carotídeo e radial. FR: 34 inc/min, regulares, superficial. Temperatura axilar: 37,4°C. Realizada glicemia capilar e o valor encontrado foi de 900 mg%. Durante o tratamento inicial, a paciente apresentou vários episódios de taquicardia ventricular não sustentada, evoluindo posteriormente com anisocoria e hemiplegia direita. Esse quadro clínico sugere que:
Questão
BA - Sistema Único de Saúde - SUS Bahia
2011
Residência (Acesso Direto)
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Paciente-18-anos-idade92b5547266
A
essa paciente tem cetoacidose diabética e deve ter recebido imediatamente hidratação com 1000 ml a 2000 ml de solução salina 0,9% (100 ml/kg a 200 ml/kg nas 12 horas iniciais do tratamento), o que levou a edema cerebral e coma. As arritmias ventriculares ocorreram, provavelmente, por hipoxia, desidratação e acidose.
B
essa paciente tem coma hiperosmolar não cetótico, devendo ter recebido solução de Ringer lactato (100 ml/kg/12h a 200 ml/kg/12h). As arritmias estão relacionadas, provavelmente, a infarto agudo do miocárdio e a hipóxia tecidual, uma vez que ela deve ter broncoaspirado, desenvolvendo, em seguida, isquemia cerebral.
C
essa paciente tem coma hiperosmolar não cetótico. As complicações cardiovasculares e neurológicas, provavelmente, estão relacionadas ao uso de solução salina 0,45% em grande volume e edema cerebral, seguido de broncoaspiração de conteúdo gástrico.
D
complicações tromboembólicas em vasos de grande calibre podem ocorrer em pacientes com síndrome hiperglicêmica hiperosmolar, levando a situações clínicas, como AVC isquêmico. Esses fenômenos tromboembólicos constituem uma causa importante de morte nessas síndromes. Arritmias potencialmente fatais podem estar relacionadas tanto à hipercalemia quanto à hipocalemia, dependendo do estado volêmico da paciente e da fase de tratamento.
E
essa paciente tem cetoacidose diabética e deve ter entrado em coma pela hipernatremia que desenvolveu associada à desidratação. As arritmias estão relacionadas à hipóxia, à acidose e à hipofosfatemia não corrigidas.