GABARITO: ALTERNATIVA B

Aproveite para revisar o manejo dessas que são as principais manifestações da anemia falciforme, as crises álgicas vaso-oclusivas.

Lembre-se que a doença falciforme ou hemoglobinopatia SS é uma hemoglobinopatia qualitativa congênita, resultado de uma mutação de troca do ácido glutâmico pela valina como sexto aminoácido na cadeia da beta globina.

Surge assim uma hemoglobina anômala chamada HbS, capaz de formar longos polímeros em situações de desoxigenação e desidratação, alterando o formato habitual do eritrócito e criando os chamados drepanócitos ou hemácias em foice, em um processo conhecido como falcização.

Os drepanócitos são menos deformáveis que a hemácia normal, levando a sua hemólise e a quadros de vaso-oclusão, muito característicos da doença falciforme. Nestas situações, a obstrução da microvasculatura leva a microinfartos em diversos órgãos, especialmente ossos e músculos, causando as crises álgicas.

A primeira medida para o manejo das crises de dor na hemoglobinopatia SS é a retirada de fatores desencadeantes de falcização, como frio, infecções, desidratação. A hidratação deve ser ofertada por via endovenosa sempre que a dor for moderada a grave, com preferência por soluções hipotônicas e evitando hiper-hidratação.

Não devemos atrasar a analgesia nas crises vaso-oclusivas, com risco de piora da dor. Indica-se o uso de analgésicos adequados para a dor do paciente, de acordo com a escada de analgesia proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Deve-se iniciar a analgesia no degrau correto para a dor do paciente, subindo ou descendo a escala de acordo com a resposta.

Sempre que tivermos dores moderadas a graves, como no caso acima, em que temos uma dor refratária, a via parenteral é indicada, junto a analgesia potente com opioides fortes. Dessa forma, a alternativa correta é a letra B.