A síndrome pré-menstrual (SPM) é definida como um conjunto de sintomas emocionais, comportamentais e físicos recorrentes durante a segunda metade do ciclo menstrual (fase lútea) que diminuem rapidamente com a chegada da menstruação. Em alguns casos, existem manifestações mais severas dos sintomas em que a irritabilidade e a tensão são mais proeminentes. Nesses casos, o transtorno recebe o nome de distúrbio disfórico pré-menstrual (DDPM).

A maior parte das mulheres em idade reprodutiva apresenta alguns sintomas desagradáveis um ou dois dias antes da menstruação. Os principais sintomas são dor mamária, inchaço e labilidade emocional. Quando esses sintomas são considerados leves e moderados e não levam a estresse importante e à perda da capacidade funcional não são considerados síndrome pré-menstrual.

Devido à dificuldade em definir os critérios para SPM, sua prevalência na população acaba sendo superestimada. Acredita-se que mais de 80% das mulheres apresentam alguma mudança de humor ou alteração física na fase lútea do ciclo menstrual, porém essa estimativa não leva em conta a gravidade dos sintomas. Estima-se que a SPM clinicamente significativa acometa 3 a 8% das mulheres, enquanto o DDPM afeta 2% das mulheres.

O início dos sintomas geralmente ocorre na segunda década de vida, enquanto a procura por tratamento tem seu ápice no meio da terceira década. Parece que a prevalência é maior em mulheres brancas do que em negras. Vale lembrar que a presença de ciclos ovulatórios é fundamental para a ocorrência dos sintomas.