GABARITO: ALTERNATIVA E

Os tumores anexiais são um desafio para os ginecologistas, pois são frequentes e para investigação de sua etiologia só existem os métodos radiológicos e a cirurgia. Não são realizadas biópsias de rotina nos ovários. O manejo das massas anexiais dependerá da suspeita etiológica e a necessidade de investigação se faz necessária nos casos em que há suspeita de malignidade. Na fase pós-menopausa, o risco de malignidade aumenta, sendo que 36 a 59% das lesões que aparecem tem suspeita de malignidade; o tumor maligno mais comum é o cistoadenoma seroso.

Os critérios utilizados internacionalmente para predição de risco de malignidade em tumores anexiais foram definidos pela IOTA (European Ovarian Tumor Analysis). Segundo as “regras simples” publicadas por essa associação as características ultrassonográficas suspeitas de malignidade ao ultrassom são: tumor sólido irregular, tumor multilocular com componente sólido e diâmetro maior que 100mm, presença de ao menos 4 projeções papilares, ascite ou dopper com vascularização intensa. Os critérios de benignidade são: unilocular, presença de componente sólido menor que 7mm, presença de sombra acústica posterior, tumor multilocular regular com diâmetro menor que 100mm e ausência de fluxo ao doppler. Se o tumor apresentar ao menos uma característica de malignidade e nenhuma de benignidade, o tumor é provavelmente maligno; caso apresente uma ou mais características de benignidade e nenhuma de malignidade é provavelmente benigno; se apresentar características benignas e malignas ou nenhuma das características será considerado inconclusivo. Os cistos funcionais apresentam características completamente benignas, geralmente sendo reabsorvidos pelo próprio organismo.

Segue abaixo o fluxograma de investigação da FEBRASGO: