GABARITO: ALTERNATIVA B

Caro aluno,

A Crise Febril (CF), também denominada como Convulsão Febril é considerada o distúrbio neurológico mais comum em lactentes e é definida como um evento convulsivo que ocorre na infância entre os 6 meses e os 5 anos de idade, associado a febre sem evidência de infecção intracraniana ou causa definida e não é considerada uma forma de epilepsia.

São considerados critérios para as crises febris:

A CF pode ser dividida em:

• Crise febril simples (70 a 75% dos casos): crise tonico-clônica generalizada com duração inferior a 15 minutos, que não apresenta recorrência em 24 horas e que não manifesta sintomatologia pós-ictal (a recuperação neurológica é completa).

• Crise febril complexa ou complicada (20 a 25%) apresenta uma ou mais das seguintes características: crises focais, presença de alterações neurológicas pós-ictais como a paralisia de Todd, duração maior que 15 minutos e recorrência dentro de 24 horas.

Por tratar-se de quadro de caráter benigno, apenas a observação clínica e exame físico completo (para se detectar algum processo infeccioso tratável) já são medidas suficientes para o caso. Além disso, a orientação dos pais é fundamental nestes casos, pois a família deve ser tranquilizada quanto à benignidade deste quadro.

A infecção gastro-intestinal pela bactéria Shigella dysenteriae, é reconhecida como uma causa de crise convulsiva febril. Aventa-se a possibilidade da bactéria produzir uma toxina neuro-tóxica que justifique esta manifestação mas não há provas a respeito desta afirmação.

Este paciente de três anos, apresenta diarreia com muco e sangue e dá entrada na emergência com quadro de crise convulsiva generalizada em vigência de febre. Portanto, o diagnóstico etiológico mais provável para a diarreia é a bactéria Shigella.