Paciente, 32 dias de vida, é levado à primeira consulta com história de fezes esbranquiçadas, urina escura manchando as roupas, notadas desde a primeira semana de vida. Nasceu de parto cesáreo a termo, AIG, recebendo alta com orientação para uso de leite materno exclusivo. Ao exame, apresenta bom estado geral, ganhou cerca de 25g/dia desde o nascimento, nota-se icterícia de leve intensidade em esclera e pele. Os exames laboratoriais iniciais mostram elevação no sangue do nível dos ácidos biliares e da bilirrubina direta (>20% da bilirrubina total), bilirrubinúria, atividade aumentada das aminotransferases e das enzimas da colestase (fosfatase alcalina e gamaglutamiltransferase). Em relação ao caso descrito, é correto afirmar:
Questão
BA - Sistema Único de Saúde - SUS Bahia
2007
Residência (Acesso Direto)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Paciente-32-dias-vida109acfacf95
A
na colestase prolongada, há formação do complexo de ligação covalente da bilirrubina direta com a albumina, a deltabilirrubina ou a biliproteína, que tem a meia-vida mais prolongada, razão por que a colestase não pode se expressar com icterícia persistente sem evidência de colúria.
B
a dosagem de bilirrubinas séricas revelando que a bilirrubina direta apresenta nível igual ou superior a 0,02% da bilirrubina total, leva a concluir que se trata de uma hiperbilirrubinemia direta, evento sempre patológico.
C
de modo geral, cerca 15% a 20% das colestases do lactente são causadas pela hepatite neonatal idiopática e pela atresia biliar extrahepática, em proporções quase similares, porém com predomínio da frequência da primeira sobre a segunda.
D
em 70% a 80% das colestases se têm causa determinada, especialmente em situações em que se dispõe de sofisticados recursos lácidos biliares-oratoriais e de imagem.
E
dos quatro aos seis meses de vida, a criança tem o nível sérico de ácidos bilares elevado, a atividade das enzimas fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase se encontra elevada, comparada a dos adultos, durante o primeiro semestre de vida.