Paciente de 34 anos, sem comorbidades conhecidas, chega ao pronto socorro trazido por um amigo com relato de cefaleia progressiva iniciada 4 semanas antes, associada a febre não aferida, evoluindo há 48 horas com turvação visual e confusão mental.
Ao exame físico, encontra-se muito emagrecido, com presença de placas esbranquiçadas em cavidade oral. Na pele, notam-se lesões sugestivas de prurigo estrófulo nos membros inferiores. Há rigidez de nuca. Escala de coma de Glasgow de 12 (Abertura ocular = 3, resposta verbal = 4 e resposta motora = 5).
Tomografia de crânio com contraste apresenta edema cerebral discreto, sem lesões focais, com realce meníngeo ao meio de contraste.
Resultado de punção liquórica evidencia pressão de abertura muito aumentada (pressão de abertura medida de 85 cmH2O), LCR xantocrômico, com 100 células/mm3 sendo 60% mononucleares, hiperproteinorraquia de 250 mg/dl e glicorraquia superior a 40% da glicemia. Exame direto evidencia presença de múltiplas células leveduriformes encapsuladas.
Caso o líquor tivesse evidenciado pressão de abertura aumentada, líquor de aspecto xantocrômico, pleocitose de 750 células/mm3 com 70% de mononucleares, glicorraquia inferior a 40% da glicemia e hiperproteinorraquia de 1g/dl, com exames diretos negativos para bactérias, fungos e micobactérias, qual seria a causa mais provável da meningoencefalite?