Questão
RS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA)
2020
Residência (Acesso Direto)
Paciente-41-anos-foi139efe2bf85
Paciente de 41 anos foi submetida a aspiração manual intrauterina (AMIU) por aborto incompleto de uma gestação de 8 semanas, tendo sido identificado, previamente, um embrião. Os exames pré-operatórios do dia indicaram hemoglobina de 10,6 g/dl, leucograma de 13.390 leucócitos/ml, sem desvio para a esquerda. Durante o procedimento, a única anormalidade observada foi o útero com consistência anormalmente amolecida. Na sala de recuperação anestésica, 15 minutos após o procedimento, a paciente estava com pressão arterial de 79/46 mmHg, frequência respiratória de 16 mpm e dor abdominal 7 em 10 na Escala Análogo-visual. Foi administrado analgésico e realizada reposição de volume com 1 litro de soro fisiológico. Uma hora depois, a pressão arterial era de 86/51 mmHg, e o índice de Glasgow, de 13. 

Ao toque vaginal, o sangramento era escasso, e a paciente apresentava dor à mobilização uterina. Nesse caso,
A
 o diagnóstico deve ser revisto, por tratar-se mais provavelmente de uma complicação de mola hidatiforme completa. Faz-se necessário dosar hCG quantitativo, medir a expressão da proteína p57 por imuno-histoquímica no exame patológico dos restos placentários e prescrever sulfato ferroso por 60 dias e anticoncepção segura por 6 meses, no mínimo.
B
 deve-se realizar laparotomia por suspeita de gestação heterotópica.
C
 deve-se realizar curetagem uterina, pois a AMIU não foi eficaz na remoção dos restos placentários.
D
 deve-se manter a paciente em observação por mais 24 horas e solicitar uma ultrassonografia transvaginal para identificar a espessura endometrial e, se necessário, realizar nova AMIU.
E
 deve-se administrar antibióticos (gentamicina e clindamicina) por via intravenosa e adotar medidas de suporte, pois trata-se de abortamento infectado.