Paciente no 5º DPO de colecistectomia com coledocojejunostomia, em função de colelitíase com coledocolitíase e dilatação de 2,5 cm do colédoco, evoluindo com drenagem biliar (340 ml/dia, há dois dias consecutivos) pelo dreno de Penrose em flanco direto. Sem queixas álgicas abdominais, sem vômitos, sem febre e ferida operatória com bom aspecto. Sobre esse caso, é INCORRETO afirmar que:
Questão
MA - Universidade Federal do Maranhão - UFMA (Hospital Universitário Presidente Dutra)
2014
Residência (Acesso Direto)
Paciente-5o-DPO59d2a6e37e
A
Trata-se, provavelmente, de uma fístula biliar pós-operatória e seu manejo inicial é clínico, tem bom prognóstico, porém atenção especial deve ser dada ao risco de coleções intra-abdominais e infecção do sítio cirúrgico.
B
Devido à concentração elevada de sódio na bile, há risco de desenvolvimento de hiponatremia, se sua perda diária não for corrigida, especialmente se o fechamento da fístula demorar algumas semanas.
C
Como a maioria das fístulas digestivas pós-operatórias, essa fístula biliar necessita de pronta reintervenção cirúrgica e reconstrução da anastomose coledocojejunal, devido ao risco de graves complicações clínico-cirúrgicas que podem ocorrer.
D
A fístula biliar isolada tem um baixo risco de lesão de pele, pois não contém enzimas digestivas capazes de determinar a maceração e destruição tecidual, porém o controle de seu débito em bolsa coletora (tipo bolsa de colostomia) é recomendado para avaliação do débito diário.
E
Correções de distúrbios nutricionais que porventura coexistam com essa situação clínica é indispensável para o tratamento da fístula biliar e podem minimizar a morbidade associada à tal complicação pós-operatória.