Questão
RS - Associação Médica do Rio Grande do Sul - AMRIGS
2024
Residência com pré-requisito - Ginecologia e Obstetrícia (R+ GO)
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Paciente com parto vaginal há 5 dias, vem à consulta na emergência 24 horas após a alta hospitalar. Queixa-se de mal-estar, calafrios, dor nas costas, principalmente à direita, e dor abdominal. Não apresentava outras queixas. Não quer se internar, pois está amamentando o seu bebê. A pressão arterial era 159/104 mmHg, frequência cardíaca de 136 batimentos por minuto, dor em intensidade 8 em 10. Ao exame físico, tinha 39,8ºC, dor a punho percussão lombar à direita. Os lóquios eram rubros, o colo era pérvio, o útero era indolor e estava cerca de 3 cm abaixo da cicatriz umbilical. Ao toque vaginal, apresentava dor em região vesical. As mamas estavam ingurgitadas sem área de hiperemia. Durante o pré-natal, teve urolitíase à direita, complicada com pielonefrite, estava em uso de cateter duplo J e uso de ampicilina profilática há 1 mês, sendo suspensa no pós-parto. Os exames laboratoriais do dia apresentavam os seguintes resultados:

Exame de urina por cateterismo vesical:

Sangue: +++

Esterase leucocitária: positivo

Nitrito: positivo

Urobilinogênio: positivo

Proteínas: negativo

Creatinina: 0,78 mg/dl (valor normal: 0,5 a 1,2 mg/dl)

Relação proteína/creatinina: 0,12 (ambas em mg/dl)

Hemograma:

Hemoglobina: 10,3 g/dl

Leucócitos totais: 13.340/µl sem desvio à esquerda

Plaquetas: 235.000/µl

Transaminases hepáticas: normais.

O diagnóstico mais provável e o tratamento apropriado são, respectivamente:
A
Pielonefrite, uso de cefalosporina de 3ª geração, por via intravenosa.
B
Pré-eclâmpsia, uso de sulfato de magnésio intravenoso.
C
Ingurgitamento mamário, compressas frias, paracetamol.
D
Endometrite não complicada, uso de ampicilina por via oral.