Paciente jovem, 27 anos, quadrigesta, foi submetida a parto normal (houve um relato de utilização de manobra de Kristeller durante o período expulsivo). Recebeu alta hospitalar, mas retornou ao hospital 48 horas após o parto, hipotensa (PA 70 x 30 mmHg) taquicárdica FC 135 bpm; descorada e com dor e distensão abdominal. Após exames de imagem, foi feita hipótese de ruptura uterina, e a paciente foi submetida à laparotomia exploradora, encontrando-se cerca de 3,5 litros de sangue na cavidade e uma ruptura da artéria uterina esquerda, que foi ligada. Durante a cirurgia, evolui hipotérmica, com coagulopatia e acidose, optando-se por tamponamento com compressas e peritoniostomia. Após cerca de 72 horas de reanimação, foi encaminhada ao centro cirúrgico para revisão, retirada das compressas e fechamento da parede, que foi realizado com a utilização de tela de polipropileno. Recebeu alta por volta do décimo pósoperatório do fechamento da peritoniostomia, mas retornou, cerca de seis meses depois, no pronto-socorro da mesma instituição, queixando-se de vômitos biliosos, distensão abdominal e dor, em cólicas, localizada em flanco esquerdo. Nega febre. Refere alguns episódios semelhantes nesse período. No exame clínico, não há comprometimento do estado geral e está afebril. Quanto ao abdome, há nele uma cicatriz mediana xifoumbilical, sem evidências de hérnias, distendido, flácido, sem sinais de irritação peritonial, com ruídos hidroaéreos um pouco aumentados, sem timbre metálico. Seu toque retal é normal. Uma tomografia de abdome é solicitada e exibida a seguir. (Conforme imagem do caderno de questões). Face ao exposto, o diagnóstico mais provável é: 
