Fala, Estrategista! Tudo bem?

Iremos avaliar agora uma questão na qual iremos discutir um distúrbio endocrinológico no qual há aumento na produção de GH (Growth Hormone) - a chamada acromegalia.

Somos expostos com um paciente com os seguintes achados:

- Diabetes mellitus

- Hipertensão arterial de difícil controle

- Afastamento dos dentes (Diastemas)

- Mãos espessadas, aumentados e edemaciadas.

Juntando todos esses fatores devemos suspeitar de acromegalia. Vamos revisar e aprender com a questão:

A acromegalia é uma síndrome clínica decorrente da hipersecreção de hormônio do crescimento (GH). Em até 95% dos casos, decorre de um tumor hipofisário secretor de GH. Na minoria dos casos, resulta de distúrbios hipotalâmicos ou de neoplasias periféricas que tenham a capacidade de secretar GH ou GHRH (hormônio liberador do hormônio do crescimento).

O GH atua através da ligação ao seu receptor hepático e sua ação preponderante é a estimulação à síntese hepática do fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1), um fator de crescimento e diferenciação celular.

O GH age de forma direta (pela ligação aos seus receptores nos tecidos periféricos) e indireta (pela ação do IGF-1). As principais ações do binômio GH/IGF-1 são:

• estímulo ao crescimento linear pela ação trófica nas placas epifisárias;

• lipólise e oxidação lipídica;

• estímulo à síntese proteica;

• contrarregulação, ou seja, antagonismo às ações da insulina;

• aumento da reabsorção renal de fosfato, água e sódio

Podemos dividir a apresentação clínica da acromegalia em três categorias de sinais e sintomas:

• alterações compressivas;

• alterações metabólicas;

• alterações somáticas.

ALTERAÇÕES COMPRESSIVAS

Nessa categoria, temos os sinais e sintomas que são explicados pela simples existência física do tumor e que podem ser observados em outros tipos de massas hipofisárias. Ao diagnóstico, até 80% dos pacientes já terão macroadenomas (tumor hipofisário com diâmetro ≥ 10 mm). Quanto maior o tamanho do tumor, maior a chance de o paciente apresentar sintomas compressivos, como cefaleia e defeitos de campos visuais (hemianopsia bitemporal, devido à compressão do quiasma óptico).

Outro efeito compressível possível é a interferência na secreção dos demais hormônios hipofisários, ou seja, o somatotropinoma cresce a ponto de prejudicar a funcionalidade das demais populações celulares da hipófise. Isso ocorre com mais frequência com os gonadotropos e por isso não é raro que homens e mulheres portadores de acromegalia tenham hipogonadismo hipogonadotrófico associado

Em até 30% dos casos, os pacientes terão hiperprolactinemia associada, principalmente pelo “efeito haste” que inibem a produção dopaminérgica (que faria feecback negativo para produção de prolactina)

ALTERAÇÕES METABÓLICAS

Por ser um antagonista da insulina, o GH favorece o surgimento de resistência insulínica, hiperinsulinemia compensatória, diminuição da tolerância à glicose e diabetes mellitus (em 10%–15% dos casos). Pelo aumento da lipólise, alguns pacientes podem evoluir com hipertrigliceridemia, mas a alteração bioquímica mais frequente é a hiperfosfatemia, presente em 70% dos pacientes.

ALTERAÇÕES SOMÁTICAS

Nesta categoria, podemos observar os sinais e sintomas decorrentes da ação trófica do binômio GH/IGF-1 nos mais variados tecidos

Após essa revisão, vamos às alternativas: