Paciente masculino, 42 anos, natural e procedente de Natal, morador da Zona Norte, vigilante, casado. Vem à consulta e informa surgimento, há 2 anos, de manchas
hipocrômicas assintomáticas no abdome que, paulatinamente, atingiram o dorso, os braços e as pernas. Há um ano, refere presença de lesões eritemato-edematosas infiltradas, com bordas internas bem definidas, mas as externas pouco definidas; e agora acometem também a face. Elas têm dimensões distintas, variando de poucos centímetros a lesões muito grandes. Esporadicamente, elas tornam-se mais evidentes, vermelhas, edematosas e “quentes”. Nesses episódios agudos, associam-se a artralgias, febre medida, inapetência e cansaço físico. Na última piora, há um mês, surgiu também uma dor intensa no cotovelo esquerdo, que, ao ser apalpado, evidenciou o nervo ulnar espessado e doloroso. Além disso, notou-se perda da sensibilidade e força nos 4º e 5º dedos da mão esquerda. Nega casos semelhantes na família e nunca residiu em outro estado. Devido ao seu trabalho, por 5 anos, passou temporadas em Mossoró, há mais de 3 anos. Informa que, no último ano, fez uso de vários tratamentos orais e tópicos, entre antifúngicos, anti-inflamatórios não hormonais, analgésicos, corticoides e antihistamínicos, com melhoras parciais, mas sempre há retorno e, agora, houve agravamento do quadro clínico. Nesse caso, o diagnóstico clínico mais provável é